sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Sexismo Em Crianças e Bebês - Rosa para Meninas e Azul para Meninos

Texto escrito em 01 de Dezembro, às 23 semanas de gestação.

Oie, tudo bem?


Hoje eu vim falar de um assunto que para algumas pessoas pode ser polêmico, mas gostaria de dar a minha opinião.

O Sexismo. No caso, o sexismo em bebês e crianças – muito bem representado por “Azul para Meninos, Rosa para Meninas”.

Não me levem a mal, eu adoro a cor rosa, assim como a cor azul, a amarela, o verde, o cinza, o preto, e todas as outras. O problema ocorre quando TUDO para as meninas é rosa, e TUDO para os meninos é azul.

Já repararam? Entrem em qualquer loja de brinquedos, de itens decorativos, de roupas, de sapatos. 

Desafio alguém a encontrar alguma outra cor. No máximo, encontramos roxo para meninas e vermelho para meninos. E se eu quiser usar vermelho na minha filha? E azul? Ela vai ser vista como um menino por isso?

Já crescemos todos em uma sociedade onde somos deliberadamente encaixados em algum (ou alguns) padrão.

Meninas podem isso, meninos podem aquilo.





Essa imagem me dá calafrios!

Eu SEI que a cor rosa é usada para meninas por uma questão simbólica, assim como o azul para
meninos. E eu SEI, que naturalmente cada um dos gêneros prefere estas cores – que menina não AMA um rosa?

Mas tentem entender o meu ponto: eu quero que a minha filha tenha a liberdade de usar, brincar e viver qualquer cor que ela quiser – sem que eu ou alguém induza ela a escolher. Da mesma forma, quero que ele se sinta livre para brincar do que qugiser, para ser amiga de quem der vontade, e para pensar da maneira que der na telha. Em outras palavras, quero que ela tenha valores, mas com liberdade de escolha. E quero isso para todos os meus filhos (sim quero ter uns 3), menina ou menino.

Vassoura e Panelinha para meninas, carrinho para meninos? Porque os brinquedos não podem ser trocados? O menino não vai ter que cuidar do próprio lar e cozinhar a própria comida? A menina não vai dirigir? Veja bem, a vassoura é sempre rosa, e o carrinho é sempre azul ou vermelho.

Estou falando de forma RASA sobre um aspecto da sociedade, e direcionando APENAS para as crianças, mas isso se reflete em toda a sociedade como um todo. Ambos, meninos e meninas - homens e mulheres – merecem ter a liberdade de escolher suas cores, suas relações, suas brincadeiras, suas profissões. E cabe a nós, os pais e a sociedade, educar crianças para que quem sabe, no futuro, eles tenham mais escolhas do que nós temos atualmente.

Antes de saber que a minha filha seria uma menina, já sabia que o quarto teria um tom lúdico, com cores coloridas e variadas – afinal, crianças gostam de cores diversas – e claro que vai ter rosa e azul. Ao saber o sexo dela, nada mudou em minha proposta de decoração. O projeto de cores continuou o mesmo.

Quando fui à Miami, tive alguma dificuldade de encontrar roupas de bebê mais unissex – até para usar no próximo filho. Mas as opções não eram tantas – ainda assim, são bem maiores que no Brasil. 

Acabei comprando muitas peças de tons neutros – como branco, cinza, azul, verde – E algumas peças em cores mais vibrantes, como rosa e roxo. Até – pasmem – comprei na sessão masculina roupas de menino para a minha FILHA. Um casaco cinza e um body vermelho, que afinal, não sei porque motivos não estava na feminina também.

Da mesma forma, eu e meu namorado nos preocupamos em trazer os itens de decoração, de banho, higiene, e toda a parafernalha de bebê em tons neutros – preferencialmente coloridos.

O Baby Bouncer, por exemplo, tinha em opções rosa, azul, e colorido de bichinhos da floresta. Qual você acha que escolhemos?

A roupa de cama é cinza, com elefantinhos. As mantas são em padrão zig-zag amarelo, os brinquedos em madeira tem do azul ao vermelho, sem descriminar nenhuma cor. E assim fomos montando o cantinho da nossa baby – com muito amor, e muitas opções para que ela possa decidir o que prefere.

Se ela vier me contar que prefere a cor rosa, daqui a um tempo (o que não duvido), vou aceitar. Mas sempre vou dar opções para ela. Opções NÃO-SEXISTAS.

E sempre vou brigar por ela para que ela sempre tenha o direito de escolha – na escola, na vida, nos relacionamentos.

Este discurso todo de cor é só uma pequena representação de limitação que damos às nossas crianças e adultos, mas que representa muito mais coisas.

Como falei, essa é uma discussão superficial sobre o assunto, afinal, eu poderia ficar horas aqui escrevendo sobre o sexismo. Mas deixo este texto apenas como um passo inicial, para que todos já entendam que tipo de valores pretendo ensinar à minha filha.


Um beijo!

1 comentários:

Anônimo disse...

Muito boas as suas observações. Imagine então quando os livros, que são supostamente educativos, são claramente sexistas? Descobri, há poucas semanas, uma editora que é especialista em dividir os livros entre "livros para meninos" (azuis e verdes, com animais selvagens, aventuras piratas, cavaleiros e dragões) e "livros para meninas" (lilas e rosa, com princesas, fadas e sereias). Veja em http://www.libriseditora.com.br/

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